quarta-feira, 20 de abril de 2011

adolf hitler - o nazismo e o ocultismo - parte III


Em 30 dias, após uma série de negociações políticas nos bastidores, Hitler se torna, de repente, Chanceler da Alemanha no dia 30 de Janeiro de 1933. A predição de Hanussen, uma predição impossivelmente otimista, se torna realidade. Se Hanussen leu o futuro ou teve informação privilegiada, ninguém pode dizer.
reichstagfireEntão, no dia 26 de fevereiro, em uma sessão espírita guiada por Hanussen, afirma ter outra visão: um grande edifício em chamas. No dia seguinte, o Reichstag, o edifício do parlamento, arde em chamas. Alguns se perguntam quem ateou o fogo, mas não questões sobre quem se beneficiou: os Nazis. Com o incêndio do Reichstag, começam a aprovar uma série de decretos que lhes dão cada vez mais meios legais para perseguir as pessoas que consideravam inimigos, e mantê-los encarcerados na prisão, sem acusações.
Quase um ano e meio após o incêndio, o Presidente Paul von Hindenburg morre. Os aliados de Hitler aprovam a lei que o nomeia chefe de estado, líder do exército e senhor da Alemanha. Uma vez no comando, os nazistas consolidam o seu poder e eliminam os seus rivais. Entre as vítimas estão astrólogos, místicos e ocultistas que haviam ajudado a Hitler em sua ascensão ao poder.
Em 1933, o livro “Antes da chegada de Hitler”, revela suas conexões ocultistas. O autor do livro é um dos fundadores da Sociedade Thule e devoto ocultista, o Barão Rudolf von Sebottendorf. O Barão alega que ele e outros membros de sua sociedade secreta inspiraram o antissemitismo e o arianismo de Hitler e toda sua visão. Hitler se sentiu demasiadamente ofendido por isso, já que ele via a si mesmo como o Messias, alguém que não reconhece precursores, nem inspiradores. Sebottendorf é exilado da Alemanha. Poucos leem suas revelações.
No dia 30 de junho de 1934, os nazis marcam quase 200 pessoas para a morte, incluindo o ocultista Hanussen. Acontecimento que é conhecido como a “Nacht der langen Messer” – A Noite das Facas Longas.
Hitler tinha certo ceticismo sobre o poder do oculto, mas, tinha verdadeiros crentes em seu círculo mais íntimo. Como o vice-führer Rudolf Hess.
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Rudolf Hess
Alguns afirmam que as crenças ocultistas desencadearam um ato desesperado nos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial. Em junho de 1941, Hitler invade a União Soviética. No mês anterior, é lançada uma estranha missão desconhecida por Hitler. Rudolf Hess voa para a Inglaterra para negociar a paz. De acordo com Peter Levenda, o momento da missão foi determinado pelas estrelas. O voo de Hess para a Inglaterra ocorreu num dia astrologicamente significativo, um dia de uma importante conjunção de planetas. Esse dia foi escolhido pelos astrólogos ao redor dele. Hitler considerou a missão de Hess como uma desgraça e condenou publicamente o ocultismo do vice-führer e o uso de um astrólogo.
Enquanto a guerra continuava, Hitler continuava a perseguir aqueles que ele considerava inimigos. Entre estes, comunistas, ciganos, judeus e ocultistas. Adolf Hitler denunciava o ocultismo, mas em seu próprio círculo mais íntimo ainda continha fanáticos ocultistas. Goebbels e Himmler, comandante das SS, são outros exemplos.
As SS eram realmente os instrumentos desta visão ocultista sustentada por Himmler, sem as quais não haveria existido nem a coordenação nem o ímpeto para realizar o Holocausto, para fazer realidade a visão nacional socialista.
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Henrique I
O poder de Himmler era absoluto, e ao mesmo tempo ele mantinha uma série notável de interesses ocultistas privados. Acreditava que era a reencarnação de um dos primeiros imperadores medievais alemães, Henrique I, “O Passarinheiro”, e organizava celebrações místicas de aniversário ao redor de sua tumba na Catedral de Quedlingburg. Himmler estava tão fascinado pelo Zodíaco que certa vez contratou um astrólogo.
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Emblema Ahnenerbe
Himmler largamente encarnava o espiritualismo do final do Século XIX. Para demonstrar a superioridade do povo alemão sobre os demais, Himmler fundou a “Ahnenerbe”, um instituto de investigação sobre a hereditariedade ancestral. Mediante falsa ciência, a Ahnenerbe tentou provar a superioridade da raça ariana. Tentou provar não só raízes ancestrais dos chamados povos arios germânicos, mas também suas raízes psíquicas e espirituais. Himmler usou a Ahnenerbe para inventar uma ciência que respalde suas crenças. Os recrutados pelas SS deviam demonstrar pureza racial. Os cientistas e investigadores da Ahnenerbe propagaram seus duvidosos descobrimentos entre os soldados das SS e o público.
O Arianismo era a verdadeira fé aos olhos de Himmler, e quando ainda lhe faltava uma Meca, ordenou a construção de uma, no Castelo de Wewelsburg na Westfalia. Um velho castelo que havia sido utilizado por algum tempo para interrogar “as bruxas” durante a Inquisição. Localizado próximo de um número de lugares santos e santuários pagãos na Alemanha. O “Reich de Mil Anos” teria o Castelo de Wewelsburg como seu Vaticano.
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Segundo Peter Levenda, Himmler transformou Wewelsburg em uma versão ocultista de Camelot. Foi concebido de acordo com a ideia do Rei Arthur, os doze Cavaleiros da Távola Redonda e o Castelo do Graal. Os doze cavaleiros, seus doze membros a maior parte da classe dos SS, se sentavam ali em contemplação e meditação silenciosa. A torre norte abrigava uma sala de pedra chamada a “Obergruppenführersaal” a “Sala dos Generais”. No piso da estadia Himmler dispôs uma versão estilizada da suástica em forma de roda solar adornada com SS em letras rúnicas de vitória. Sob o solo, segundo o guardião do castelo, estava o reino dos mortos. Ao redor das muralhas, estes pedestais poderiam muito bem ter contido as urnas com as cinzas dos generais que haviam morrido em combate.
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Um dos conselheiros mais próximos de Himmler em ocultismo foi Karl Maria Wiligut. Veterano da Primeira Guerra Mundial e importante general das SS, Wiligut era um ávido estudioso das runas. As runas se supunha que não era só um alfabeto, mas que também tinham poderes mágicos. Estavam gravadas e inscritas na forma de orações e preces. Convenceu Himmler de que tinha uma conexão psíquica com alemães ancestrais de 2000 anos atrás. Wiligut é o sumo sacerdote das SS. Influencia muitos dos rituais que tem lugar no castelo.
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Karl Maria WiligutAnel Secreto SS
Foi Wiligut que concebeu os anéis secretos das SS, além disso: raramente vista em público, uma cadeira decorada com símbolos rúnicos, alguns dizem que foi feita como um trono para o próprio Himmler. Um testamento de sua fé na magia das runas.
Quanto é que sabia o Führer da obsessão de Himmler com o ocultismo? Alguns especialistas na história nazista sugerem que Hitler e Himmler tinham um acordo tácito: “Não pergunto, não me conte”.
Enquanto o leal Heinrich faz o trabalho que lhe foi atribuído, quer pelo assassinato em massa, proteger Hitler ou criar tropas de combate de elite, o que faz em suas paixões privadas é assunto seu. Himmler serve a Hitler fielmente.
Um ramo da SS Himmler torna-se um exército dentro de outro exército, as Waffen SS, tristemente notórios pela sua brutalidade no combate. Outro ramo realiza a “Solução Final”, o assassinato de judeus. Himmler dirige os campos de concentração nazistas. Os campos exploram os presos, fazendo-os trabalhar como escravos e são também uma ferramenta para o massacre de judeus e outros povos.
Acredita-se que os nazistas tenham matado aproximadamente seis milhões de judeus, e entre 9 e 10 milhões de integrantes de outros povos. Nunca saberemos cifras exatas.
Além disso, realizaram horríveis experimentos em seres humanos em Auschwitz, Dachau e outros lugares, todos com o patrocínio das SS, alguns deles patrocinados pela Ahnenerbe. Alguns dos mais horrendos experimentos foram realizados por cientistas que trabalhavam para a divisão de investigação ocultista de Himmler.
Adolf Hitler sonhava eliminar um povo inteiro e o engenheiro do Holocausto, Heinrich Himmler, sonhava criar um novo povo. O objetivo de Himmler: restaurar a linha sanguínea dos super-homens arios.
Himmler era de um ramo do espiritualismo, o racismo; como queira chamá-lo, que acreditava que os povos arios se formavam mediante o conflito. Que o conflito formava uma raça mais forte. E que esta raça podia promover-se fazendo que os arios se reproduzissem cuidadosamente.
Lebensborn
Crianças do Programa Lebensborn
Os nazistas lançaram também um programa de reprodução ariana, chamado “Lebensborn”, “fonte da vida” em alemão. O movimento Lebensborn era uma tentativa de promover a chamada raça ariana pura. Meninas de organizações nazistas foram recrutadas para conceber filhos fora do matrimônio com homens das SS. Eles deram o seu proverbial “aventura de uma noite juntos”, e as meninas que ficaram grávidas em seguida, foram atendidas, cuidadas e servidas durante a gravidez e os bebês também seriam servidos e atendidos. O programa Lebensborn também ajudava a viúvas de guerra de alemães de sangue puro e evitava abortos por parte de mães solteiras. Estima-se que o programa tenha produzido uns 20.000 bebês. Futuros “super-homens e supermulheres”.
É curioso como experimentos e estudos posteriores mostraram que estas crianças, em vez de ser de um intelecto superior, não eram mais que indivíduos comuns. O mito da Raça Superior foi destruído pela derrota alemã. O Reich dos Mil Anos durou somente doze.
A obsessão de Hitler com a raça realmente contribuiu para enfraquecer o Terceiro Reich. A grande prioridade era a guerra contra os judeus, a ponto de estar preparado para desviar trens destinados a levar soldados alemães de ida e volta à frente, com o propósito de levar judeus aos campos da morte.
Ganhar a guerra não era tão importante para ele como eliminar os judeus. E se entende como Hitler, que se dizia um Messias, que viera para reconstituir a pureza de sua raça, teria que derrotar essa corrupção viral. O Holocausto era o resultado lógico das convicções ocultas de Hitler. O Führer acreditava na pureza racial, na eugenia. A pureza teve que ser resgatada na raça alemã. Essa era uma necessidade ocultista, uma necessidade espiritual.
goebbelsNos últimos dias do Reich, incluindo Hitler, quem pôde se refugiou no ocultismo. Nesse momento se teria agarrado a um prego no fogo. Goebbels lhe havia dito que “os astrólogos previram que, de alguma forma, a Alemanha iria se salvar.” Se equivocavam. Os inimigos de Hitler se aproximavam. Os soviéticos pela porta da frente e os estadunidenses pela de trás. O messias nazista não pode nem sequer salvar-se a si mesmo. No interior do bunker do Führer, na tarde de 30 de abril de 1945, Hitler e sua nova esposa, Eva Braun, se suicidam.
O que havia conseguido estabelecer, o que acreditava que era um organismo vivente, seu Terceiro Reich, chegava ao seu fim. Tudo veio abaixo e ele caiu com sua criação.
Poderiam as cinzas do Terceiro Reich guardar uma chave final da ligação do nazismo com o ocultismo? Pois, Hitler, chegou ao poder na noite de 30 para 31 de janeiro, dia de uma festa pagã, um dos oito sábados pagãos. Suicidou-se num outro sábado: 30 de abril, Chamado “Beltane”, ou em alguns casos “Walpurgisnacht” na Alemanha. Walpurgisnacht é a noite em que se reúne as bruxas.
Então Hitler escolheu este dia, deliberadamente ou inconscientemente, mas foi escolhido como um termo apropriado para encobrir um império que tinha começado em uma festa pagã. E terminou em outra festa pagã. Por coincidência, na morte de Hitler há outro vínculo com o ocultismo. Doze anos antes, o astrólogo Erik Jan Hanussen afirmou que uma raiz mágica de mandrágora levaria Hitler ao poder. O astrólogo também afirmou que a raiz era um vínculo entre Hitler e ele mesmo. Na noite das Facas Longas o vínculo com Hitler se rompeu quando Hanussen foi assassinado. Foi dito repetido vezes que se o vínculo se mantivesse tudo iria bem para Hitler. Mas se rompesse tudo acabaria em chamas em 12 anos, e esse é exatamente o tempo que sobreviveu o Terceiro Reich. O vínculo foi quebrado.
Três semanas depois do suicídio de Hitler outro vínculo se rompeu outra conexão entre o ocultismo e os nazistas. Preso pelos britânicos, Heinrich Himmler engoliu uma pílula de cianureto. O homem que acreditava ter sido uma vez um rei foi capturado trajando o uniforme de um soldado raso.
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Himmler Morto

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