sábado, 16 de abril de 2011

adolf hitler - o nazismo e o ocultismo - parte I




DeutschO mundo sabe como terminou o 3º Reich, mas poucos sabem como começou. Antes de Hitler nascer havia uma nova onda de espiritualismo. Místicos, hoje esquecidos pela história, evocavam visões de uma Raça Superior, e previam perigo por parte das demais raças.
Fanáticos do ocultismo reescreveram a história e inventaram uma nova ciência. Quando Hitler toma o poder, o ocultismo o segue até seu círculo social e político mais íntimo. Rudolf Hess, por exemplo, era um fanático da astrologia e do ocultismo. Assim como Goebbels com sua propaganda, e Himmler, o comandante das SS, que acreditava ser a reencarnação de um antigo rei.
Vemos agora uma história da Primeira Guerra Mundial: 28 de setembro de 1918, próximo à aldeia francesa de Marcoign, Henry Tandey se torna o soldado britânico mais condecorado da guerra. Durante a batalha Tandey elimina diversos inimigos, até que se depara com um Cabo de origem austríaca que estava pronto a aceitar seu destino esperando que o soldado britânico disparasse. Porém, Tandey vê que aquele Cabo não era nada mais que um indivíduo desesperado e o deixa ir, recusando-se a matá-lo.
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Henry Tandey
Tandey soube depois que aquele Cabo estava no 16º Regimento da Reserva Bávara. Seu nome era Adolf Hitler. O próprio Hitler é a fonte desta história, de acordo com Peter Levenda – escritor de obras sobre a história do ocultismo e especialista em história nazista, com títulos ainda inéditos no Brasil -, havia um quadro da batalha confeccionando por um pintor italiano ocupando uma das paredes da biblioteca de Hitler em Berchtesgaden, seu lugar de retiro na Áustria. Numa visita a Hitler, Neville Chamberlain perguntou por que teria o líder Alemão um quadro de uma vitória aliada desta batalha na França e Hitler respondeu, “porque este homem me salvou a vida”.
Talvez. Alguns historiadores afirmam que Hitler jamais lutou nesta batalha. Mas se ele enfrentou Tandey ou não, é irrelevante, pois Adolf usava estas histórias para demonstrar que estava destinado a algum propósito maior. Hitler convenceria uma nação inteira de que só ele poderia levá-la a glória.
Os nazistas lançaram um plano disparatado para refazer o mundo. A visão da supremacia alemã concebida e seus seguidores emergiram de uma poção tóxica. Entre seus ingredientes, história falsa, pseudociência, mentiras étnicas, e a lenda de uma Raça Superior, com um amuleto de boa sorte convertido em um símbolo de ódio. Mas alguns se perguntam se o nazismo teve algum ingrediente secreto, um ingrediente que não aparece na História: o Ocultismo.
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Heinrich Himmler
Um dos principais fiéis do ocultismo era um granjeiro que se tornou comandante das SS, Heinrich Himmler. Encarregado de cumprir a Solução Final, genes, para limpar a Europa, a missão nazi evoca doutrinas impregnadas do ocultismo.
Por que estas doutrinas esotéricas eram importantes para Hitler? O que é que o ocultismo nos permite fazer? Permite-nos tomar o sobrenatural, como fonte da mais alta autoridade, em um reino que não está regulado pela Igreja, já que a mensagem universal de salvação do Cristianismo não será válida se estás investido em uma missão genocida.
Um ano antes do nascimento de Hitler, uma das doutrinas ocultistas que seria precursora do nazismo foi descrita para todo o mundo em um lugar improvável, por um escritor improvável. Vivendo em Londres, uma aristocrata russa tornou-se uma autora de sucesso. Chamada Madame Helena Blavatsky. Em mais de 1000 páginas reescreveu a história do mundo, da Criação ao presente. Sua historia está baseada em fontes pouco convencionais, Astrologia babilônica, hieroglíficos egípcios, e uma mistura de ideias ocultistas. Não para ser inventado, mas a boa notícia deste tipo de informação, é que tem todo o poder de uma grande civilização perdida, mas as pessoas que controlavam e regulavam o uso desta informação já não estão mais presentes.
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Helena Blavatsky
Assim pode significar tudo que você precise que isto signifique. E assim foi. Segundo Blavatski conta, gigantes do continente perdido de Atlântida, produziu uma raça superior, os arianos. O livro de Blavatski é misticismo mascarado de história, mas vende. Escolher um momento é crucial. E um livro, que contestou a versão oficial da história vem na hora certa.
Durante quase 2000 anos, a Bíblia foi a verdade incontestável, então Darwin desafia as mesmas origens da história, e as recentes provas da evolução fazem que a fé das pessoas esmoreça. O final do século XIX foi o apogeu de um novo tipo de religião: o espiritualismo. Baseado na crença de que os vivos podiam contatar com os mortos. O espiritismo não era uma coisa marginal. Quando Hitler nasceu, havia uma nova onda de espiritualismo. Uma onda de leitores de mãos e astrologia, de Tarô e sessões de espiritismo. Com crentes desde Mary Lincoln a Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes. Para uma plateia sedenta por novas respostas, a obra ocultista de Blavatski era como um banquete. Blavatski era importante por sua teatralidade, porque as tradições ocultistas eram por natureza práticas secretas para uma elite, mas esta era contada para todo mundo.
Um escritor e ocultista austríaco chamado Guido Von Liszt toma a ideia de Blavatski de uma raça ariana. Apodera-se desta ideia e a germaniza. A Raça Superior passa a identificar-se especificamente com uma espécie de destino racial alemão. Blavatski reescreveu a história, Liszt reescreveu a geografia. Transplantou as origens dos Arianos desde a Pérsia ao norte da Europa.  Imagina-se uma raça superior de gente loira e olhos azuis, agora, esse grande povo é deslocado para o norte. Quem é agora a autêntica expressão do arianismo? O povo nórdico. Para validar sua teoria, Von Liszt busca uma ligação entre os míticos arios e os alemães modernos. Ele acredita ter encontrado uma. Um alfabeto germânico extinto chamado “Rúnico”. E num jogo no qual quanto maior a antiguidade, maior a autoridade, as Letras Rúnicas permitiram aos alemães a entrada nesse jogo.
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Alfabeto Runico
Blavatski descreveu a raça de super-homens. Von Liszt os fez alemães. Mas faltava algo. O que é um super-homem sem um inimigo mortal? O inimigo foi descrito por um ex-monje austríaco chamado Jörg Lanz von Liebenfels. Em sua abadia encontrou uma imagem numa laje, que mostrava um nobre esmagando um monstro com seu pé. Lanz ficou convencido de que, toda a história poderia ser explicada em termos de raças nobres com a necessidade de reprimir e de conquistar as raças menores, inferiores, e potencialmente demoníacas.
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Jörg Lanz von Liebenfels
Após deixar a abadia, Von Liebenfels começa a publicar uma revista cujo titulo honrava uma deusa alemã da primavera, Ostara. Von Liebenfels adverte que a super-raça ariana devem defender-se contra o que denomina raças inferiores, entre elas, os judeus. É fonte de poluição racial que mediante seu insidioso cruzamento com as raças superiores, estão destruindo a raça por dentro.
“Não tem por que tomar as armas contra vocês, sua arma é sua própria existência”. Estava descrevendo a mestiçagem das raças. Advogando por um programa de purificação racial com base em suas ideias ocultistas. A solução de Von Liebenfels: exterminação mediante a esterilização e castração. E suficientes leitores estão de acordo para que Ostara continue circulando em Viena. E entre seus leitores está um jovem sem raízes, sem passado e um futuro incerto. Um artista sem sucesso, sem abrigo e desamparado, chamado Adolf Hitler. Testemunhas oculares lembram que Hitler tinha uma coleção de volumes de Ostara. Von Liebenfels alegou que um jovem Adolf certa vez visitou o seu escritório. Em Hitler, o sonho de Von Liebenfels de um mundo purgado de raças inferiores encontra uma mente fértil.
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Um exemplar da Revista Ostara
Um amigo de Hitler na infância, August Kubizek, escreveu um livro sobre ele, chamado The Young Hitler I Knew,  afirmou que mesmo quando criança, Hitler expressava sentimentos antissemitas. Este não era um sentimento que surgiu do nada, mas que era turbinado pelo ambiente em que eles viveram.
Hitler recorda em sua autobiografia política Mein Kampf, que deixou Viena com os fundamentos de sua visão do mundo firmemente assentados. E parece absolutamente incontestável que estes fundamentos tão firmes incluíam uma visão das raças do mundo baseadas em algum tipo de distinção absoluta entre as raças de loiros e de pele clara, e as raças escuras, inferiores e ameaçadoras que acaba se identificando nos judeus, ciganos e outras raças.

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